Voltámos do 2nd round de férias.
O B andou radiante, felicíssimo da vida. Achei que numa casa com tanta gente ia soltar a língua mas ainda nada. É o maior palhaço e adora fazer de macaquinho amestrado quando lhe pedem as graças todas seguidas.
Fomos o toldo mais visitado da praia. Não gosto de me gabar disso porque as razões não foram as melhores mas gosto de me lembrar da reacção de todas aquelas pessoas que o viram pela primeira vez depois de ter sido operado, em Fevereiro. Era um misto entre “não é possível” e “extraordinário”. E isso deixa-me tão contente!
Foi tempo de parar e fazer balanços. Do que passou e do que vem. Do que correu bem e do que se pode fazer melhor.
Por mais que tentasse largar o vício acho que trabalhei todos os dias. E-mails, sessões, edições e surpresas.
Setembro chegou cheio de trabalho, muitas sessões, casamentos, parcerias e coisas tão boas a acontecer. Mal possa conto tudo.
Daqui a 15 dias talvez volte a ser um dos dias mais difíceis da minha vida. Depois de mais de dois anos e meio o B pode, finalmente, ir para o colégio. Foram dois anos intensos, complicados, preocupados. Passámos por duas operações, um cateterismo, muitas consultas, mais exames e muitos stresses. Mas agora é altura de pensar que estamos vivos, juntos, de boa saúde e que tudo o que virá será sempre melhor do que o que passou.
Não sei como vai ser largá-lo num colégio. Muito pequenino e muito loiro, perdido no meio nos matulões da sala dele. Vou-me controlar para não explicar à educadora que quando bate na boca e diz “papapa” é porque achou graça a alguma coisa ou que na maior parte das vezes que aponta para um objecto não é porque o quer, é só para que lhe digamos o nome.
Aii! Vou só ali apertá-lo um bocadinho e já volto.