Adoro casamentos. O stress, o nervoso miúdinho, o dizer sem falar, as lágrimas, os batons e os blushs, o riso das madrinhas, o cheiro das flores, as rendas e cetins, as mãos trémulas dos pais. Adoro porque é o dia de alguém. Adoro porque me chamaram para fazer parte dele. Estou apaixonada por este. Pela casa, pelas cores, pelos noivos, pelo que já lhes dei. E estou à espera que me convidem para o dia mais importante das vossas vidas! Homens, percam a cabeça, comprem um anel e ponham-se joelhos; Mulheres, digam “Sim!”, sempre, não há palavra mais bonita. Eu estou cá para vos responder o mesmo 🙂
Não escondo o ego, em alturas superiores à capacidade que uma segunda feira tem de o abarcar. Não o escondo quando vejo fotografias minhas nas bancas. Deixa-me imensamente feliz, não nego. Mas fico feliz por isso, por ser eu vê-las, nada mais. Só no último mês aconteceu duas vezes. Em Portugal há um estranho costume de só se assinar o que convêm. Não vejo, na imprensa escrita, um só artigo que não tenha o nome do autor, um livro que seja anónimo, um vestido que não tenha associado o nome do criador, uma receita que não tenha o nome do chef. Para o bom e para o mau (que também o tenho) há sempre identidades em (quase) tudo o que conhecemos. Os actores recebem palmas, os jornalistas críticas e prémios pelos textos, os chefs estrelas Michelin, e os fotógrafos? Fotografias publicadas sem créditos. Constantemente. Mas sem elas ninguém veria arte, ninguém veria guerra, ninguém criticaria moda, ninguém babava de ver receitas, ninguém viajaria sem sair de casa, ninguém veria um casamento real ou um real príncipe nascer, ninguém saberia de o nariz era da tetravó, ninguém teria um álbum com a sua vida em 10×15. Só com ela decoramos salas, […]