Livre

Há uns dias passei à frente do E.P.L. Eram 9 da manhã, eu já estava com uma pica do caraças para ir fotografar e vi um carro, mal parado, com 3 raparigas dentro, com música aos berros, que a cantavam igualmente alto e em grandes coreografias. Desvio o olhar para uns 5 metros ao lado e vejo um rapaz, com pouco mais de 20 anos a carregar dois sacos do lixo cheios. A não ligação de factos era tanta que me conseguiram prender a ponto de deixar passar dois sinais verdes 🙂 O que hoje me lembro melhor era daquele sorrisão de dentes muito brancos. Entrou no carro e mesmo com a música a ouvir-se no Porto o berreiro foi tal que me fez perder mais um sinal. Abraços, beijos, festas e perguntas infindáveis. Nunca tinha visto alguém ser libertado. Eu, de pelos em pé e olhos rasos só queria também abraça-lo e dizer-lhe que a maior Liberdade é aquela que nos prende a tudo quando não se é dono de coisa nenhuma. E se, a mesma Liberdade com que lutamos todos os dias por nós não fosse óbvia a quem a sempre sentiu sua, pensava-se mais na escolha dos passos, era-se […]

Corpo às riscas

Tenho trabalhado tanto ao sol que dou por mim a tentar disfarçar as marcas da t-shirt e dos calções. Volta e meia ainda encontro um grão de areia alapado à minha pele a pedir cor e ando a desculpar-me, em cenários vários, quando me perguntam o porquê de andar tão corada quando os ombros continuam iguais aos Natal de 85. Não fosse o mood de quem me segue e a energia de quem corro atrás e ainda estaria na penumbra a pensar se a barriga que ainda me sobra da prole aumentada e o 34 à justa seriam desculpa suficiente para evitar uns clicks mais à fresca. Pensando pouco e rápido é melhor continuar a correr atrás de qualquer coisa que as desgraças não se vão embora sozinhas e a pele, mesmo às tiras, não muda de tom com a luz do computador. 🙂  

Disney at home

Amanhã começa a minha época balnear de paixões. Os miúdos vão ficar com o meu Príncipe encantado que a Gata Borralheira tem que trabalhar. 🙂 Desde que não andem em cima dos tapetes como a Yasmin, que a minha Lurdes esteve cá hoje, que não vão a casa de desconhecidos como a Bela, que não convidem amigos para dormir em casa à laia da Branquela, que não mexam em agulhas como a Aurora, que não sejam alarves como o Pooh, que a Ariel não vos dê ideias na casa de banho, que não andem às cavalitas do Pai senão acaba-me em Notre Dame, e que não se pendurem nas cortinas que não são lianas, por mim podemos repetir a dose já para a semana. Vá lá, sejam bonzinhos que eu sei que o Pai não adora ser a Mary Poppins! E não sejam Moglis que de selvagem já temos a vida. Já sabem que se tentarem esconder-me alguma coisa não se esqueçam que o nariz cresce sempre e que posso sempre virar bruxa má. Depois não me façam olhos de Gato das Botas. 🙂

Tudo o que cai do céu

Acho que também vou juntar um punhado de miúdas curtidas e pedir-lhes que me atirem confetis. Quero continuar de braços abertos a receber tudo o que do céu me cai.