Estatelei-me no chão. Não sei se me ria, se chore. Rio, às gargalhadas. Já tenho lágrimas, até. Bolas, que me dói o joelho. Muito. Não sei se consigo chegar ao destino. Au! Continuo de lágrimas nos olhos. Quem vai ao meu lado também. Gargalhadas com dor é o meu dia-a-dia, nada de novo. Volto à posição inicial e a objectiva abana um bocado. Eu só coxeio. “É psico-somático”, diz-me ela. “Talvez”, digo eu. Continuamos às gargalhadas por duas horas. O “epá, epá, epá” do senhor que me ajudou a levantar é inesquecível. A máquina não foca. Pânico. Deixou de ser psico-somático. E está amolgada em sitios que não podia estar. Afinal dói-me a alma. E um joelho. E um ombro. Mas a alma, bolas, essa precisa mesmo de reparação. E a continuação dela, também.