Ago 25

Conheci-te num dia de Fevereiro, há dois anos e uns pós. Fingi que não sabia quem eras e escondi o nervoso miúdinho atrás da minha máquina. Disseste-me, atrás a tua franja desarrumada, que era uma experiência, que se corresse bem continuávamos. Fiz de tudo. Inventei poses, pedi-te que tirasses o casaco e fiz 30 por uma linha que nunca tinha pisado. Para mim moda era só ir à Zara comprar umas calças gangas que substituíssem as minhas usadas até à exaustão de um rasgão no joelho, nunca, mas nunca nos meus sonhos mais cor de rosa imaginei fotografar moda. Muito menos contigo:) Da experiência passámos à rotina e nunca mais nos largámos. Passei a ler-te como se te ouvisse ao meu lado e nunca mais fingi que não sabia quem eras quando me perguntam se és mesmo aquilo que escreves. És. E muito mais. Já nos rimos tantas horas, já partilhámos tantos menús e tanto latim que sem risco nenhum de te fazer maior: és incomparavelmente melhor ao vivo que a 2D numa qualquer prosa. Rio-me de ti quando te leio mas rio-me contigo quando assim estou. E é tão bom. E tenho saudades. Dizem que se chama silly season […]