Nov 25

30

Estou na recta final, mesmo, mesmo a entrar nos 30 (glup!). Nos últimos anos a frase que mais oiço é “mas… ainda não tens 30?” Apressam-se sempre a justificar o abuso de números pela maneira como falo e pelo que digo. É certo que já me passaram pelas mãos o que não desejo a ninguém e (talvez) mais vida que me fez crescer na medida proporcional à minha pequenez. Aprendi a pôr felicidade onde poucos a vêem e a rir sempre que caio, que não há melhor que um batecú, mesmo que na alma. Felizmente o Facebook é só virtual! O que seria ter centenas de outros virtuais a comentarem a minha voz, o meu paleio e a quantidade de caracteres que ponho no discurso dos meus dias! Ao menos, pelo que escrevo e pelo que mostro nunca ninguém me pôs rugas:)

É miúda!

É miúda! Quando engravidei, da primeira vez, tinha a certeza que era um rapaz. Desta estava a zeros. Há 4 anos não sabia o que era ser mãe, cuidar e proteger alguma coisa tão profundamente nossa. Não li manuais, folhas de instruções nem frequentei workshops. Ser mãe é tão nosso que não tinha tempo para tirar notas. Agora vou repetir a dose. Depois de um curso intensivo e exaustivo  estou preparada para o que aí vem. Continuo sem tirar notas que a vida sabe escrever bem melhor que eu mas por sermos do mesmo género talvez lhe consiga explicar que ter um irmão é a melhor coisa do mundo, quando tudo lhe faltar terá alguém, tão igual a ela, que a compreenderá. Talvez lhe explique que há toda uma gama de cor de rosa e que o cabelo encaracolado se penteia melhor molhado. Talvez não lhe consiga fazer ver que folhos com renda é demais. Talvez lhe empreste sapatos, se tiver os pés magrinhos. Talvez lhe diga que crescer é difícil mas talvez lhe esconda que a meta é o melhor dos troféus, quando lá chegar saberá gozá-la como todas as surpresas boas. Talvez lhe diga que não viverá sem amor, que […]