Foi passar o fim de semana com os avós numa tentativa de descansarmos a alma, mimar a miúda e deixá-lo ser mimado. Para apaziguar os burburinhos constantes e enganar a saudade liguei para saber dele. – Olá mãe! – Olá querido! Então agora atende o telefone do avô? – Sim. – Humm. Onde é que está? – A tomar café. – Ah, está bem. E os avós? – Estão ali a falar com umas criaturas.Comecei o meu rosário de vergonhas a pedir ao Criador que as ditas criaturas não tivessem ouvido a criaturinha e, no caso de algum apuro de audição, não achassem que seria algum mal da criação. Ou quem estava em apuros era eu. tongue emoticon
Da fragilidade com que nascemos há toda uma parafernália de adjectivos singulares e tão leves como o momento. Da fragilidade com que pegamos em alguém, tão nosso, pela primeira vez, há sempre a dúvida se é mais frágil o que nasce ou o que renasce. Foi mesmo mesmo colado às minhas férias mas não me consigo descolar destas imagens.
A semana tem passado ao ritmo dos dias. Fugazes enquanto a luz os aquece e demorados nos finais cor de rosa. Andamos a assobiar para o lado até chegar a noite, que de escuridão se fazem todas as dores e ansiamos por aprender a desenhar limites se limitadas temos as vontades. No barulho da existência ainda me vou cruzando com famílias e saindo de fininho deste cheiro a nenuco que se cola à pele, aos olhos e à boca. Por agora só queremos rumar a sul que o norte foi traçado há tempo. Emaranhar areia nos passos e não distinguir o infinito da espuma das ondas. Para a semana voltamos mais fortes, mais leves e mais salgados que o mar precisa do nosso mergulho e nós de sal numa Margarita 🙂 Melhores dias virão, melhores dias virão.