Na horizontal

Amanhã é feriado e é precisamente isto que tenciono fazer: ter-me na horizontal o mais que conseguir:)

Que loucura!

Esta miúda está a deixar-me louca. Eu sei que pedi uma gorducha arrebitada só para contrastar com o miúdo atinadinho que nos afagava as mãos e a alma:) mas o pedido foi, literalmente, melhor que a encomenda. Estou a enlouquecer. Não me queixo das muitas horas que dorme nem de todos os pratos que esvazia em segundos, com toda aquela autonomia que lhe foi concedida depressa de mais, mas se mudarmos para todos os outros assuntos que fazem o dia-a-dia de uma criança a coisa muda de figura. Estão a ver aquelas cenas de hollywood em que alguém atira uma mesa de pequeno almoço ao chão com a fúria de um braço? É a melhor descrição que vos vou conseguir fazer:) É contrariada: atira-se para o chão e esperneia, de bruços, num tom tão alto que por mais que procure o botão de volume, com todas as ferramentas não materiais que me foram dadas, não encontro. Ouve um não e bate-se. Tiro-lhe qualquer coisa da mão, morde-me. O irmão quer brincar, torce-lhe uma orelha. Tento ajudar a voltar a pôr o jantar no meio do prato antes que resvale para o mesmo lado: rosna, cerra os dentes e vira todo o […]

Estou pronta

Já voltei. Aos ritmos, às sessões, às edições penduradas. Foi de sonho mas já acordei:) Entre as remelas de saudades da areia nos pés e a moleza do corpo ao ritmo da maré ainda estou a habituar-me a ter o rabo alapado numa cadeira e os pés no asfalto duro. Fomos para Sul encontrar o nosso Norte mais a Este:) Depois de dar palestras sobre as condições do mar, braçadeiras e física entre todos estes pontos conseguimos que o Bartolomeu entrasse no mar. Yay! 5 anos de uma luta que me parecia perdida mas o mar chão e os 27º lá dentro fizeram o resto. A Assunção aprendeu a dizer Pai e Mãe – e como eu gostava que tivesse demorado mais uns meses! -, visitou todos os toldos que tinham tupperwares e refinou a sua loucura:) Tenho tanta coisa boa a acontecer. Tantos casamentos, shootings dos bons, campanhas espectaculares e um escritório quase pronto que não sei porque ponta comece. ‘Bora lá Setembro, amo-te e estou pronta!:)

Das minhas preferidas

Não posso dizer que esta sessão tenha começado da melhor maneira:) Trocámos mensagens, combinámos o sítio mas por uma qualquer razão desencontrámo-nos. Achei estranho o atraso mas não havia atraso nenhum! Estava cada uma em sua ponta da cidade, à espera. Voei para os encontrar, não arranjei lugar à primeira, nem à segunda. Estava um calor de morte e eu só suava de nervos:) Lá dei uma moeda a um arrumador simpático e corri. Encontrei-os tão calmos, tão giros e tão contentes por serem fotografados que o resultado foi este.

Preciso urgentemente que nos imprimam. Não tenho tempo para os fotografar, se o faço não apareço e o Lourenço tem a mania de pôr as mãos na cara em sinal de proibição e diz sempre que não está fotografável:) Deve achar que só de smoking é que pode ver flashes:) Além de tudo isto fico com uma inveja, das grandes, quando vejo as vossas dinâmicas radiantes à minha frente!   Continuem a encher a minha agenda e a minha lente que mesmo não sendo fotografada adoro pôr-vos em molduras:)

Milímetro a milímetro

Ando à procura da melhor palavra para isto mas não tenho encontrado. Não que este sentimento, dúbio, que me domina, nas mais variadas áreas da minha vida, me leve a lado algum. Mas assim estou. Sei que não demorará muito tempo até que toquem os narizes ou se olhem nos olhos sem que nenhum deles tenha que dobrar o corpo. São mais de 4 anos de diferença no calendário que não se vêem no metro. Culpa de um, de outro ou da sorte:) Não são raras as vezes em que chega a casa e em flecha vai confirmar se a irmã não o ultrapassou nas 8 horas em que não se viram. Calçam o mesmo, ela já veste mais. Já tantas vezes lhe disse que a altura não importa, que o tamanho de dentro é que conta e faz de nós maiores. Mas só tem 5 anos. Vai ter que palmilhar muito mundo até que a frase lhe faça sentido. Espero que um dia faça mesmo. Até lá estou eu a folhear todos os dicionários a ver se encontro mais latim para explicar ao russo em português que as injecções que leva todos os dias já não são chinês e […]

Escrever memórias

Finalmente a meteorologia atinou-se e vou poder voltar a escrever as vossas memórias! ‘Bora lá!

Balanços

Estou em balanço. Dei-me, agora, conta que estou assim há três semanas. Se por “balanço” entendo equacionar tudo à minha volta, pesando, repesando, lendo nas entrelinhas, sim, estou em balanço. Talvez até o esteja todos os dias da minha vida que não a concebo sem medir os estragos ou os brilhos de tudo o que faço. Para este novo ano não fiz pedidos especiais nem uma lista de promessas que sei que não vou cumprir. Quero tudo como está. Mesmo. O único item que escrevi num papelinho e dobrei em quatro dizia: publicar mais. Juro, com todos os meus vinte dedos cruzados, que vou tentar publicar, pelo menos, uma fotografia por dia fazendo com que essa “Photo of the Day” seja o meu “Bom dia!” a todos os que estão desse lado. Enquanto o dia de amanhã não chega sigam-nos no Instagram. Balanço, balanço mas estou sempre em qualquer lado. 🙂 Bom dia! ♥

Quem me dera

Quem me dera. Quem me dera ter este tempo para me dar e para receber. Dou por mim a contar os minutos que sobram entre o trabalho, os banhos e as sopas e sobra uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Tento não me atormentar com isso e que os minutos não tomem conta de mim ou viram, rapidamente, segundos. Sei que os perús não se medem aos presentes nem o xadrez se mede à altura da estrela mas dava tudo para estar em 2016 a gozá-los com o que não tenho agora. Se alguém me quiser oferecer qualquer coisa dê-me um relógio. Pode ser de corda, só lhe dou vida quando voltar a ter a minha. 🙂

Mini Sessões de Natal

Tenho andado longe daqui. Juro que não é por falta de vontade mas os casamentos, as sessões e os miúdos tiram-me tempo. Ou dão-mo que se me tirassem tempo os meus dias passavam a durar 5 minutos em vez de 10 gozados até ao último segundo de forças. 🙂 E apesar de saber que a minha casa fica monoparental sempre que saio e que corro o risco de ter algumas malas à porta quando chego continuo a não gostar que a minha agenda tenha espaços em vazio por isso quero preenchê-la convosco. Há 3 dias, sempre de manhã. Continuo a adorar que ofereçam molduras convosco dentro. Há que poupar o Pai Natal. Já não vai p’ra novo e não reza a lenda que fotografe coisa alguma.

Gravata

8.30 da manhã. O caos instalado em casa. O Lourenço em retoques, a miúda morta de fome, eu com uma perna dentro das calças e a outra aos pulinhos, de cabelo a pingar. Vou ao corredor ver do loiro e vejo-o a passear, calmamente, corredor acima, corredor a baixo de nariz empinado e mãos atrás das costas. Para a frente e para trás enquanto snifava ar. Argh, os nervos que me deu. O caos continuava instalado e o miúdo, o mais lento dos miúdos, em passeatas matinais, que paciência! – O que foi, querido!? Snifava, snifava. – Bartolomeu, o que foi? – Hummm. Cheira-me a gravata. (Ai, a sério! É tão cedo que nem percebo o que ele diz!) – Cheira a quê!? – A gravata, mãe. (P’lo amor de Deus, são 8.30h da manhã, só me cheira a cerelac.) – O que é isso, cheirar a gravata? Mantinha o nariz no ar e as mãos atrás das costas. E snifava. Nisto o Lourenço aparece, o miúdo dá a derradeira inalação ao ar perfumado e grita um “Ahhhh! Já percebi porque me cheira a gravata!” Só espero que nunca lhe cheire a máquina fotográfica. Volta e meia posso enganar-lhe a […]

Linguagem universal

Estou apaixonada por esta família. Hoje já larguei o chá e as dores no corpo e agarrei-me às imagens. Se a lingua não é universal, o amor é. ♥