Abr 08

Porto

Desde domingo que ando p’raqui a trautear Rui Veloso. Durante anos o Porto era uma passagem, não o via mais do que numa placa azul, escrita a branco. Depois os anos foram passando e fui obdecendo às direcções. Comecei por achar a cidade triste, escura e sem vida. Habituada à luz de Lisboa (é certo que me recebe quase sempre cinzento) o Porto era sempre escuro e sombrio. Bati o pé no chão pouco conformada à minha opinião e voltei uma, duas, três vezes, sempre por mais tempo. Hoje adoro. Quero sempre voltar e descobrir mais um canto e mais uma ruela. Adoro ir da Foz à Ribeira e ter o Mar o e Douro sempre aos pés, andar no Passeio Alegre, ir aos mercados e aos Clérigos. Adoro as gentes, os pregões e os palavrões 🙂 a neblina, a comida, as calçadas, os mercados, os pescadores, os barcos e chegar à ponte D. Luiz e ver a cidade ao longe. Pena que de longe se faça a nossa distância ou estaria aí para me mergulhar mais vezes do que consigo nesse casario estendido até ao mar.

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