Dos meus consolos

Têm-me perguntado como têm corrido as injecções da hormona do crescimento. Uma merda! Ah, não se podem dizer palavrões nas redes sociais. Paciência, agora já comecei, vou continuar. Nem sei se é pior ele levá-las se sermos nós a dar. De todas as áreas da saúde em que já temos um diploma aprovado falta-nos passar a uns exames de psicologia. Não posso gastar mais latim a explicar a um miúdo de 4 anos que é para o bem dele. Não posso nem quero porque não irá perceber porque tem que ter dor para ser do tamanho dos pais. Ou do Super Homem ou dos Príncipes da Disney. E não posso pedir que não se zangue connosco. Passámos anos a “autorizar” que lhe fizessem mal e agora, não contentes com isso, somos mesmo nós a fazer-lhe o bem com uma injecção por dia, durante 10 segundos. Adorava ter um capítulo na minha vida que se chamasse “o que não precisa de explicar aos seus filhos” e que nele viessem descritos todos os tópicos proibidos por que uma criança teria que passar. O que me consola é que daqui a 14 anos já só vou chegar-lhe ao peito e agora ainda o consigo […]

Da criação

Foi passar o fim de semana com os avós numa tentativa de descansarmos a alma, mimar a miúda e deixá-lo ser mimado. Para apaziguar os burburinhos constantes e enganar a saudade liguei para saber dele. – Olá mãe! – Olá querido! Então agora atende o telefone do avô? – Sim. – Humm. Onde é que está? – A tomar café. – Ah, está bem. E os avós? – Estão ali a falar com umas criaturas.Comecei o meu rosário de vergonhas a pedir ao Criador que as ditas criaturas não tivessem ouvido a criaturinha e, no caso de algum apuro de audição, não achassem que seria algum mal da criação. Ou quem estava em apuros era eu. tongue emoticon

Nasceu!

Da fragilidade com que nascemos há toda uma parafernália de adjectivos singulares e tão leves como o momento. Da fragilidade com que pegamos em alguém, tão nosso, pela primeira vez, há sempre a dúvida se é mais frágil o que nasce ou o que renasce. Foi mesmo mesmo colado às minhas férias mas não me consigo descolar destas imagens.

Férias

A semana tem passado ao ritmo dos dias. Fugazes enquanto a luz os aquece e demorados nos finais cor de rosa. Andamos a assobiar para o lado até chegar a noite, que de escuridão se fazem todas as dores e ansiamos por aprender a desenhar limites se limitadas temos as vontades. No barulho da existência ainda me vou cruzando com famílias e saindo de fininho deste cheiro a nenuco que se cola à pele, aos olhos e à boca. Por agora só queremos rumar a sul que o norte foi traçado há tempo. Emaranhar areia nos passos e não distinguir o infinito da espuma das ondas. Para a semana voltamos mais fortes, mais leves e mais salgados que o mar precisa do nosso mergulho e nós de sal numa Margarita 🙂 Melhores dias virão, melhores dias virão.

Parede de orgulhos

Tenho, aqui em casa, mesmo à minha frente, uma parede cheia de vocês. Famílias, noivos, crianças, amigas e bebés. Uma espécie de espelho daquilo que sou, que me deixam ser e que quero prolongar para o resto da minha vida. Está a abarrotar de medos, indecisões, inseguranças, defeitos e tudo o que me fez chegar aqui, 2 anos depois. Esta também vai para lá. Para nunca me esquecer que basta um segundo para guardar uma imagem, para sempre, e um prego para segurar tudo o que é bom na minha vida.

Photo of the Day

Passo os dias a pedir-me calma, que Roma e Pavia não se fizeram num dia e tudo tem timmings na vida. Mas não consigo. Não consigoooooooooo.

Em foco

Saudades de sair de casa com um único foco: o de vos focar para não deixar a minha vida tremida com o desfoque que é não vos fotografar. Está quase, está quase.

A luz dos dias

Fossem todos os dias com esta luz e não havia dinheiro para pagar a conta da electricidade da minha bateria nem espaço suficiente para acumular imagens na minha memória. O que me vale é que a bateria se recarrega com o que vocês me dão e a memória se enche com o que eu vos tiro. 🙂

Quero tanto!

Enquanto mordo umas orelhas de chocolate dos vinte coelhos que apareceram por aqui, organizo os vinte discos que me baralham e enchem os dias. Quero muito mostrar-vos o que ainda não viram e quero muito rever o ano que passou. Casamentos, baptizados, famílias e bebes. Há de tudo para me e vos entreter até ser hora de voltar a fotografar-vos. Que saudades! Agora vou só ali pôr uma chucha no meu ovo da Páscoa que está no cesto!

Apetecia-me…

Tudo o que me apetecia hoje era ficar na cama, com uma chávena de chá quente entre as mãos, alternar entre o folhear vago de uma revista e o passar p’las brasas e a ouvir a chuva bater no metal do algeroz ao ritmo do novo CD da Carminho. Não vai dar. Dá-me uma pica do caraças ver estas famílias sem o mínimo pudor com a minha lente. Fico sem lata para amolecer quando me lembro destas gargalhadas.

Vida

Dei por mim a pensar que esta poderia ser a fotografia da minha vida. Não vou ganhar prémios com ela ou aspirar ser aquilo que um dia gostava mas pode definir perfeitamente toda a minha vida. À minha frente degraus que me levarão mais além, tantos que tenho que subir para queimar os devaneios da minha vida :), degraus que me farão descer quando assim tiver que ser num sobe e desce tão indefinido como tudo o que me rodeia. Pelo caminho posso ir recolhendo frutos daquilo que dou. Suor, cansaço, flores e alegria. Ao meio alguém que me conduz maior, tão maior. E eu, sempre inclinada para o caminho mais curto, agarrada a um grande amor que subirá comigo, de mãos dadas. Não me falta a esperança de calor num dia de dilúvio nem o cor de rosa num dia de escuridão 🙂 Quando lá a cima chegar olharei o mar e de certeza pensarei: Valeu tanto a pena. Mas bom, bom é saber que percorri nem um terço do que ainda me falta!

Mondays

É de gosto comum um especial ódio pelas segundas feiras. A ressaca do fim de semana e a preguiça do regresso às rotinas chatas arrastam-nos os pés, deixam-nos as pálpebras a meia haste e o mood em níveis históricos. Não tenho particular desapego por elas. Dão-nos a fácil esperança de recomeçar do zero a cada 7 dias. O cansaço de uma má semana, o falhanço de prazos, os berros do patrão, os almoços pendurados e os beijos perdidos. A cada segunda feira podemos olhar para a frente, respirar fundo e pensar “Esta vai ser do caraças!”. A minha vai! Bora lá malta!

Ui!

Sei que estou tramada quando alguma situação me ultrapassa e me deixa zonza. Odeio não ter reacção ao que me passa pelas mãos! Tem acontecido vezes de mais com esta criatura maléfica que me leva os verbos, os adjectivos e (até) os palavrões. Não tenho respostas à altura nem à velocidade do furacão que me despenteia e desarruma as ideias diariamente.  Sei que estou (muito) tramada quando me zango, lhe dou uma palmada no rabo gordo e ele, com ar ofendido, levanta o nariz, fecha os olhos, inspira todo o ar que consegue e explode um: – Esta vai doer-me para sempre! Estou tão bem tramada…!

Quase!

Tenho tantas amigas grávidas, que acabaram de ter ou que estão prestes a rebentar que já comecei a sacrificar os dedos dos pés na contagem. Sempre que lhes falo de uma sessão, para que um dia se lembrem que cada gravidez é única e especial, confessam-me sempre que acham que não vão resistir à tentação de fazer corações com as mãos ou poses de que um dia se vão arrepender. 🙂 Sabem o que vos digo? Pirosas são vocês, minhas barrigudas mais queridas!! 🙂

Babyboom

Não tenho cartões de memória nem força no indicador suficientes para acompanhar o babyboom que se instalou à minha volta! 🙂

Cool :)

Ando desaparecida da vida on-line. Completamente absorvida pelo longoooo trabalho de edição dos muitooooos casamentos que fiz e pelas sessões na rua. Mais umas coisas tão boas, que mal possa conto. Era só isto. Passei aqui só para dizer que estou viva, feliz da vida e que está tudo cool por estes lados. Juro que vou tentar que este meu romance com o computador não deite por terra a minha paixão pelos meus mais de 7.500 amantes!

Noticia marcada para sempre :)

Sei que acreditam, se vos disser, que já me aconteceu de tudo nestes dois anos de fotografia. Mas, hoje, imaginem uma mini sessão. Já está? Agora juntem-lhe o facto de ser no dia da Mãe. Boa! Agora leiam o que aconteceu no resto daquela meia hora. 🙂 Eram 10 da manhã e já estava no sítio combinado. Andava a fazer testes de luz quando me ligam a dizer que tinham chegado também. Encontro uma Mãe (linda de morrer) e duas filhas, uma delas com um barrigão amoroso. Esperamos pelas duas que faltam. Demoram 2 minutos e avançamos para começar a sessão. Logo ao principio a Filipa (a grávida do barrigão) diz-me, a gozar com o meu requisito de as mini sessões serem para, no máximo, 5 pessoas: “Inês, mil desculpas, mas não somos 5, somos 6!” Rimo-nos imenso, disparei mais umas quantas vezes, mudámos de spot e aí pedi-lhes para fingirem que eu não estava lá. Começaram a rir, entre a atrapalhação e o não temos nada para dizer. Eu afasto-me, começo a disparar outra vez e oiço a Mariana: “Bem, já que ninguém diz nada eu tenho uma coisa para dizer: afinal não somos 6, somos 7!” Eu, colada […]

Ar puro

São as únicas alturas em que sinto o cheiro a verão, o calor na pele, o vento nos cabelos e o sol na cara. Estas e quando vou aos CTT.Tão bom poder dizer que quando saio de casa venho cheia de conversa da boa, de ângulos inesperados e poses despretensiosas. Se não fotografasse não fazia mais nada. Mentira. Talvez passasse os dias num banco de jardim a ver passar tanta pessoas como as que quero que passem pela minha vida. Muitas. Das boas. Facebook | Instagram | Pinterest

Na praia

Descobri a praia dos meus sonhos. É só isto… 🙂